25 de outubro de 2009
NUMERAÇÃO ROMANA
As 7 letras que os Romanos utilizavam como numerais são:
1:I
5:V
10:X
50:L
100:C
500:D
1000:M
Repetindo cada símbolo duas ou três vezes (nunca mais que três) o número fica duas ou três vezes maior: Os símbolos V, L e D não se repetem.
2:II
3:III
20:XX
30:XXX
200CC
300CCC
2000MM
3000MMM
As letras I, X ou C colocam-se à esquerda de outras de maior valor para representar a diferença deles, obedecendo às seguintes regras:
I só se coloca à esquerda de V ou de X;
X só se coloca à esquerda de L ou de C;
C só se coloca à esquerda de D ou de M;
Se a um símbolo colocarmos à sua direita um símbolo de menor valor, este último símbolo soma o seu valor ao valor do outro. Assim:
6:VI (5+1)
12:XII (10+2)
53:LIII (50+3)
110:CX (100+10)
Se a um símbolo colocarmos à sua esquerda um símbolo de menor valor, este símbolo diminui o seu valor ao valor do outro:
4:IV (5-1)
9:IX (10-1)
40:XL (50-10)
90:XC (100-10)
400: CD (500-100)
900:CM (1000-100)
Cada barra sobreposta a uma letra ou a um grupo de letras multiplica o seu valor por mil:
_
V:5000
_
XV:15000
_
_
IV: 4000000
_
_
L:50000
FICHA DE TRABALHO
1.Representa em numeração Romana os números da tabela:
49
64
99
4444
12453
8008008
2.Representa em numeração Árabe os números da tabela:
CCCL
CCXX
DCCV
CCCLIX
MCLXII
CMXLIV
3.Completa as frases com a data em numeração Romana:
Portugal tornou-se um reino independente em_____ . (1143);
Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões foram publicados a primeira vez em_____ . (1572);
Em Portugal, a República substituiu a Monarquia em_____ . (1910);
O poeta Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em ______ . (1888);
O "25 de Abril" deu-se em______ . (1974)
Um desafio...
Quantos números se podem representar, no sistema de numeração romano, utilizando exactamente três fósforos?
Uma Curiosidade...
Os Romanos, frequentemente, escreviam IIII (4) em vez de IV. Isto, ainda hoje, pode observar-se nas esferas de alguns relógios. A numeração romana usou-se na numeração de livros nos países europeus até ao século XVIII.
Soluções:
Numeração Romana:
1.
XLIX
LXIV
XCIX
IVCDXLIV
XIICDLIII
VIIIVIII
2.
350
220
705
359
1162
944
3. As datas são as seguintes:
MCXLIII; MDLXXII; MCMX; MDCCCLXXXVIII; MCMLXXIV.
Resposta ao desafio:
As hipóteses possíveis são: III, VI, IV, IX, XI, LI, C(sem ser curvo), V , L e X. Ou seja, são dez hipóteses!
APRENDER A LINGUAGEM DO TEMPO HISTÓRICO
A Cronologia é a ciência do tempo, que se ocupa a ordenar e datar os acontecimentos. Desde cedo, os Homens arranjaram marcos a partir dos quais faziam a contagem dos anos. Assim nasceram as Eras.
Hoje, o mundo rege-se pela Era Cristã, mas nem sempre foi assim, como podes ver na tabela
ERA
…das Olimpíadas
…da fundação de Roma
…de César ou Hispânica (1)
…de Cristo (2)
…de Maomé
ACONTECIMENTO ESCOLHIDO PARA O INÍCIO DA CONTAGEM
Primeiros Jogos Olímpicos
Fundação de Roma
Conquista definitiva da Península Ibérica pelos Romanos
Nascimento de Cristo
Hégira (fuga de Maomé de Meca para Medina)
ANO DO INÍCIO DA CONTAGEM
776 a.C.
753 a.C.
38 a.C.
1 d.C.
622 d.C
1 – A Era de César ou Hispânica foi usada em Portugal até 1422 (Reinado de D. João I).
2 – A era universalmente adoptada: Era Cristã.
BARRA CRONOLÓGICA
PRÉ-HISTÓRIA
Antes da invenção da escrita:
IDADE DA PEDRA
NEOLÍTICO: Da invenção da agricultura à invenção da escrita.
HISTÓRIA
Depois da invenção da escrita:
IDADE ANTIGA:Do 4.º milénio a.C. (invenção da escrita) a 476 d.C. (queda do Império Romano do Ocidente).
CIVILIZAÇÕES PRÉ-CLÁSSICAS:Do 4.º milénio a.C. (invenção da escrita) ao início do século V a.C. (apogeu grego).
CIVILIZAÇÕES CLÁSSICAS:Do século V a.C. a 476 d.C. (civilizações grega e romana).
IDADE MÉDIA: De 476 d.C. a 1453 d.C. (queda do Império Romano do Oriente – Império Bizantino).
IDADE MODERNA: De 1453 a 1789 (início da Revolução Francesa)
IDADE CONTEMPORÂNEA: De 1789 aos nossos dias.
A CONTAGEM DO TEMPO
A contagem do tempo é feita em função da data do nascimento de Cristo (Era Cristã). Se um facto ocorreu antes, acrescentamos à frente da data a sigla a.C.; se aconteceu depois, não precisamos de acrescentar a sigla d.C. (embora nada nos proíba de o fazer).
Antes de Cristo (a.C.) Depois de Cristo (d.C.)
ANOS: 400 a.C. 300 a.C. 200 a.C. 100 a.C. 1 a.C._ Nascimento de Cristo_1 100 200 300 400
SÉCULOS: IV a.C III a.C. II a.C I a.C. I II III IV
Podemos, também, agrupar os anos em conjuntos, como nos seguintes exemplos:
DESIGNAÇÃO / Nº DE ANOS
Um lustro / 5
Uma década / 10
Um século / 100
Um milénio / 1000
Quando começa e quando termina um século? Eis alguns exemplos para perceberes:
Século I : Do ano 1 até ao fim do ano 100
Século II: Do ano 101 até ao fim do ano 200
Século XI: Do ano 1001 até ao fim do ano 1100
Século XVI: Do ano 1501 até ao fim do ano 1600
Século XX: Do ano 1901 até ao fim do ano 2000
Século XXI: Do ano 2001 até ao fim do ano 2100
Quando uma data termina em dois zeros, o número das centenas indica o século.
Assim: O ANO PERTENCE AO:
100 : Século I
1000: Século X
1100: Século XI
2000: Século XX
Quando uma data não termina em zeros, soma-se uma unidade (1) ao número das centenas:
Assim:O ANO PERTENCE AO:
044 a.C Século I a.C. (0 + 1 = 1) (as datas antes de Cristo são sempre assinaladas com a sigla a.C.)
014 Século I (0 + 1 = 1) (as datas depois de Cristo não precisam de ser assinaladas com a sigla d.C.)
476 Século V (4 + 1 = 5)
1998 Século XX (19 + 1 = 20)
2008 Século XXI (20 + 1 = 21)
MAPAS
Noções básicas A cartografia — a técnica e a arte de produzir mapas — é a linguagem da Geografia. Mapas físicos, políticos e temáticos revelam os aspectos visíveis da paisagem ou as fronteiras políticas, espelham projectos de desenvolvimento regional ou contribuem para organizar operações militares. As tentativas de cartografar o espaço geográfico remontam aos povos antigos, que já registavam elementos da paisagem e fixavam pontos de referência para seus deslocamentos e expedições. A cartografia se desenvolveu paralelamente ao comércio e à guerra, acompanhando a aventura da humanidade. Actualmente, a produção de mapas emprega técnicas sofisticadas, baseadas nas fotografias aéreas e em imagens obtidas por satélites de sensorialmente remoto. Mapas são fontes de saber e de poder. Os mapas e cartas geográficas correspondem a instrumentos fundamentais da linguagem e da análise geográficas. Eles têm uma função primordial: conhecimento, domínio e controle de um determinado território. Por isso, são fonte de informações que interessam a quem tem poder político e económico.
Lembrete
Termos mapa e carta são muitas vezes usados como sinónimos. No entanto, de maneira geral, os mapas correspondem às representações mais genéricas (como um planisfério), enquanto as cartas geográficas normalmente consistem em representações de espaços mais restritos e com maior grau de detalhadamente, como as constantes do guia de ruas de uma cidade.
Elementos principais de um mapa
Todo bom mapa deve conter quatro elementos principais: título, escala, coordenadas geográficas e legenda.
Esses elementos asseguram a leitura e a interpretação precisas das informações nele contidas.
TÍTULO. Descreve a informação principal que o mapa contém. Um mapa com o título “Brasil físico” deve trazer o nome e a localização dos principais acidentes do relevo, assim como os principais rios que cortam o país.
Já um mapa com o título “Brasil político” necessariamente terá a localização e o nome das unidades federativas, assim como as suas respectivas capitais e, eventualmente, outras cidades principais.
Outras informações que esses mapas porventura contiverem, como as principais cidades num mapa físico ou os rios mais importantes num mapa político, são consideradas secundárias e, portanto, não devem ser sugeridas no título.
ESCALA. Indica a proporção entre o objecto real (o mundo ou uma parte dele) e sua representação cartográfica, ou seja, quantas vezes o tamanho real teve de ser reduzido para poder ser representado.
Consideremos o seguinte exemplo: um mapa na escala 1:10.000.000 indica que o espaço representado foi reduzido de forma que 1 centímetro no mapa corresponde a 10 milhões de centímetros ou 100 quilómetros do tamanho real.
Deve-se estabelecer a escala de um mapa antes de sua elaboração, levando-se em conta os objectivos de sua utilização.
Quanto maior for o espaço representado, mais genéricas serão as informações.
Em contrapartida, quanto mais reduzido o espaço representado, mais particularizadas serão as informações.
Mapas em diferentes escalas servem para diferentes tipos de necessidades:
Escalas númericas
• mapas em pequena escala (como 1:25.000.000) proporcionam uma visão geral de um grande espaço, como um país ou um continente;
• mapas em grande escala (como 1:10.000) fornecem detalhes de um espaço geográfico de dimensões regionais ou locais.
Por exemplo, em um mapa do Brasil na escala 1:25.000.000, qualquer capital de estado será representada apenas por um ponto, ao passo que num mapa 1:10.000 aparecerão detalhes do sítio urbano de qualquer cidade.
A representação das escalas cartográficas que usamos até agora é a numérica. Porém, existe uma outra forma de representar a escala: a forma gráfica.
A escala gráfica aparece sob a forma de uma recta dividida em várias partes, cada uma delas com uma graduação de distâncias.
A sua utilidade é a mesma da escala numérica.
COORDENADAS GEOGRÁFICAS.
São linhas imaginárias traçadas sobre os mapas, essenciais para a localização de um ponto na superfície terrestre. Essa localização é o resultado do encontro de um paralelo e sua respectiva latitude (o afastamento, medido em graus, do paralelo em relação ao Equador) e de um meridiano e sua respectiva longitude (o afastamento, medido em graus, do meridiano em relação ao meridiano principal ou de Greenwich).
LEGENDAS.
Permitem interpretar as informações contidas no mapa, desde a constatação da existência de um determinado fenómeno até os diferentes graus de intensidade em que ele se apresenta.
As legendas podem vir representadas por cores, símbolos ou ícones de diversos tipos, ou utilizar combinações dessas várias representações. No uso de legenda com cores, é necessário seguir algumas regras determinadas pelas convenções cartográficas.
O azul, por exemplo, presta-se para a representação de fenómenos ligados à água, como oceanos, mares, lagos, rios.
Na representação de um fenómeno com várias intensidades, a graduação da cor utilizada deve manter relação directa com a intensidade do fenómeno.
Assim, num mapa de densidades demográficas, as maiores densidades são representadas por uma cor ou tonalidade mais forte do que as menores densidades.
Ao produzir representações cartográficas de fenómenos da natureza, as cores também podem sugerir as características do fenómeno.
Em geral, os mapas climáticos utilizam as cores “quentes” (alaranjado, vermelho) para representar climas “quentes” (tropical, equatorial, desértico), ficando as cores “frias” reservadas aos climas mais frios.
Similarmente, os mapas de vegetação representam as florestas tropicais por meio de várias tonalidades de verde.
Já nos mapas de relevo, a cor verde deve ser reservada para as planícies, bacias ou depressões, enquanto o amarelo é utilizado para os planaltos e o castanho, para as áreas mais elevadas, como as cadeias montanhosas.
A leitura de mapas Ler mapas é um processo de descodificação, que envolve algumas etapas metodológicas básicas.
Inicia-se a leitura pela observação do título. Temos de saber, inicialmente, qual é o espaço representado, seus limites e as informações constantes no mapa.
Depois, é preciso interpretar a legenda ou a descodificação propriamente dita, relacionar os significantes e significados espalhados no mapa. Só então será possível reflectir sobre aquela distribuição e/ou organização.
Deve-se observar também a escala (gráfica ou numérica) indicada no mapa para posterior cálculo das distâncias ou das dimensões do fenómeno representado, a fim de se estabelecer comparações ou interpretações.
Ler mapas significa, portanto, dominar esse sistema semiótico que é a linguagem cartográfica.
O EQUADOR
é um círculo máximo perpendicular ao Eixo da Terra [Eixo da Terra é alinha dos pólos «PN-PS» e que passa pelo centro da Terra] dividindo a terra em duas partes iguais, o hemisfério Norte e o hemisfério Sul.
PARALELOS
são todos os círculos menores, simultaneamente perpendiculares ao Eixo da Terra e paralelos ao Equador.
Para cada lugar da Terra passa um paralelo chamado
PARALELO DE LUGAR.
LATITUDE
é a distância, medida em graus, entre o equador e o paralelo que passa pelo lugar considerado.O valor da latitude varia entre 0º (no equador) e 90º nos pólos. Ficha Informativa - Como Ler Um Mapa
TRABALHAR COM MAPAS
1. Introdução
A importância da exploração e construção de mapas na aula de História
Os mapas devem estar presentes na aula de História, pois sem eles a interacção dialéctica entre o Homem e o espaço perde significado. Há uma melhor compreensão do espaço onde decorrem os acontecimentos quando este se faz representar por mapas.
2. Classificação dos mapas
Podemos classificar mapas segundo dois princípios:
- conforme os espaços que representam
- conforme os conteúdos ou assuntos a que se referem
Isto significa que podemos ter vários mapas que representam o mesmo espaço, mas cada um deles nos dar informações diferentes sobre o que lá existe ou acontece.
Tipos de mapas:
- Mapa-Mundo ou Planisfério - representa toda a Terra.
- Mapa Geral - representa um ou mais continentes.
- Mapa Particular - representa uma nação ou grande região. É útil para observar áreas com grande pormenor.
- Mapa Físico - refere aspectos físicos, como relevo, hidrografia, clima, vegetação.
- Mapa Humano - refere a densidade populacional, a separação dos países, o tipo de povoamento, a distribuição das raças de pessoas.
- Mapa Económico - pode representar a distribuição e criação de animais, as culturas agrícolas, os recursos minerais ou piscatórios, as zonas industriais.
3. Exploração de Mapas - Elementos a ter em conta e sua etapas:
- 1ª Etapa - Observação do mapa
- Título - indica-nos o conteúdo geral do mapa.
- Escala - permite-nos comparar as distâncias do mapa com as distâncias reais.
- Legenda - permite-nos fazer a leitura do mapa através de sinais (cores, símbolos).
- Identificação das áreas geográficas - identificação de continentes, oceanos, países, localidades, rios, relevo, através da qual podemos relacionar os factos ou realidades históricas entre si e concluir sobre a importância de determinadas áreas geográficas.
- 2ª Etapa - Interpretação do mapa
Depois da identificação das áreas geográficas consegue-se compreender que estas têm a ver com o conteúdo indicado pelo título e perceber todas as informações que podemos retirar do mapa. Ainda compreender o significado dos sinais da legenda e perceber o modo como estão distribuídos no mapa ou as quantidades que querem representar.
- 3ª Etapa - Aquisição de novos saberes
Através do mapa o aluno pode tentar encontrar o motivo pelo qual as informações recolhidas acontecem naquele local ou que relação têm com outros conhecimentos que o aluno já possua desse mesmo local. Desta forma, o mapa pode ser um contributo para aquisição de novos saberes.